quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Liberdade de religião

Imaginem um mundo no qual a gente pudesse falar abertamente sobre nossas crenças/convicções religiosas sem medo de perder eleição por causa disso...

Are we there yet? Nope.

Gabeira foi o mais corajoso até agora. Condenar homofobia e apoiar abertamente a comunidade GLBT, e chegar tão perto de assumir seu ateísmo, tudo isso a poucos dias do pleito, requer realmente coragem. Diante da apelação feita pela campanha da Marta, Kassab preferiu não se arriscar aqui em São Paulo, e continuar no armário -- e está no seu direito.

Gabeira++;

* * *
São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 2008

entrevista

"Apóio liberdade de religião", afirma Gabeira

DA SUCURSAL DO RIO

Em um debate da campanha de 1985 para prefeito de São Paulo, o jornalista Boris Casoy perguntou a FHC se ele acreditava em Deus. A resposta evasiva foi considerada decisiva para sua derrota para Jânio Quadros. Anteontem, o caso foi relembrado pela Folha a Fernando Gabeira. (MÁRIO MAGALHÃES)

 

FOLHA - Acredita em Deus?
FERNANDO GABEIRA
- Defendo liberdade de religião. Tenho em relação aos verdadeiros religiosos duas afinidades. A primeira é a compaixão como sentimento mais importante. A segunda é o relativo desapego a bens materiais.

FOLHA - Tem imóveis?
GABEIRA
- Não, nem carro. Só moto. Do ponto de vista de religião, eu trabalho muito com os budistas.

FOLHA - Considera-se budista?
GABEIRA
- Eu não, mas eles me consideram, eu creio.

FOLHA - E divindade, Deus?
GABEIRA
- Essa noção é ocidental. Se você tem compaixão, desapego a bens e está junto das pessoas, acreditar em Deus não fará diferença na relação de fraternidade.

URL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2310200813.htm

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