Tem dias, não sei por quê, que estou com a sensibilidade lá nas nuvens. Como hoje.
Enquanto lavava a louça, lá pelas sete horas da madrugada, ouvia o episódio Reunited (And It Feels So Good) do ótimo programa de rádio This American Life.
Fala de "reuniões" (não aquelas que a gente marca com objetivo de marcar uma outra no final, as de se reencontrar e se reaproximar de alguém -- ou algo).
A primeira parte falava do "recasamento" de um casal iraniano que viveu 27 infelizes anos juntos, separaram-se, e depois se casaram novamente para, agora sim, viverem felizes para sempre.
A segunda, de um fazendeiro texano e seu boi, o Chance. Não era apenas seu boi, era o animal de estimação da família. Quando Chance morreu, ele ficou arrasado. Mas nessa época a Texas A&M ("rival" da minha) estava desenvolvendo técnicas de clonagem animal e procuravam voluntários. Assim nasceu Second Chance.
A terceira tratava-se da reunião entre um homem e o ideal pelo qual lutava. Fala do retorno do General Lafayette (Marquis de la Fayette) aos EUA, depois de ter tido papel fundamental no processo da independência americana -- e, anos depois, de quebra, da Revolução Francesa também. Uma reunião política parece a menos emocionante das três, não?
Pois é, não era. No surpreendente final da curtíssima história de 7 (sete!!!) minutos, chorei.
E poucas horas depois, andando em direção ao trabalho enquanto cantarolava "Amigo é pra essas coisas" (letra & música), com direito ao mosaico de vozes do MPB-4 e tudo, chorei novamente (também, pudera: é linda, mas triste de doer).
E, ao contar a história de Lafayette para meu chefe, chorei pela terceira vez.
Chega! Agora secou!
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