sábado, 3 de janeiro de 2009

Mini-computador e ultra-capacitor

O último episódio do ótimo podcast Security Now! tratou de dois temas não relacionados com segurança, mas que interessam aos geeks em geral (como eu).

O primeiro (de 51m26s a 1h25m54s) fala de um minicomputador (pré-microcomputador) chamado PDP-8, o primeiro comercialmente bem-sucedido, fabricado pela DEC. Um cara conseguiu disponibilizar um kit para montar uma réplica, com um chip com o mesmo conjunto de instruções, mas com algumas melhorias inevitáveis.

Eu não cheguei a conhecer o PDP-8, meu primeiro computador foi um CP 400 Color II da Prológica, que se ligava à televisão e tinha como dispositivo de armazenamento fitas K-7: eu dava o comando CLOAD no interpretador BASIC interno do equipamento, apertava a tecla play do gravador e esperava ele ler programa por programa, perguntando: "É esse programa que você quer?". Saudades...

Se não interessar a vocês, talvez conheçam quem se interesse por esse tipo de relíquia. Como acabou a produção desse chip do PDP-8, a fornada atual será a última oportunidade de ter esse pedaço da história da informática em casa.

O segundo (de 1h26m44s a 1h52m59s), sobre uma patente registrada no mês passado, que parece se tratar de uma revolução no campo das baterias -- a grande fronteira atual para a verdadeira mobilidade, incluindo não só celulares e laptops, mas carros  (pensem Tesla Motors) e outros equipamentos potencialmente móveis mas sedentos por energia.

Imaginem, comparando com nosso estado-da-arte hoje (íons de lítio), uma bateria: não tóxica e não explosiva, que perde apenas 0,1% da carga por mês (contra 10% ou mais das atuais), que se carrega em menos de 5 minutos (em vez de em 5 ou 6 horas), que possa ser recarregada mais de 1 milhão de vezes sem nenhuma degradação perceptível, e que tenha uma densidade de energia (Watt-hora por litro) milhares de vezes superior, e ainda assim pese 1/3 do peso de uma bateria de íons de lítio com as mesmas dimensões. Pois é...

Mais informações e links nas notas do episódio.

O passado e o futuro em uma hora de podcast. Foi divertido.

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