sexta-feira, 4 de julho de 2008

Lei Seca

A motivação deveria ser a preservação da vida de seus fregueses e das demais pessoas que circulam pela cidade, mas o efeito prático é o mesmo. Que pena que precisou de uma lei que elevasse o risco de perda de clientes para os bares da cidade se mobilizarem. Mas que bom que eles encontraram saídas criativas.

Alguns bares de São Paulo criaram alternativas para não perderem movimento após a lei seca. Os estabelecimentos da rede Biroska, na rua Canuto do Val (Santa Cecília, região central), contam com bafômetros para que os fregueses confiram se não correm riscos de serem multados, perderem a carteira de habilitação ou acabarem a noite na delegacia.
Desde ontem, a rede tem também dois carros que levam clientes para casa, de graça.
No Bar Central, em Moema (zona sul), a estratégia foi cadastrar taxistas que cobrarão bandeira um (mais barata) mesmo à noite e de madrugada.

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Há muitas outras por aí: nos EUA, por exemplo, foi criado um novo conceito social, o do "motorista designado" (para não beber e dirigir), após massiva campanha iniciada em 1998. Não é apenas um dos amigos que é eleito para "ficar careta" durante a balada e levar os demais para casa. Foi criada, por exemplo, a Designated Drivers Association, um serviço voluntário de residentes locais que se dispõem a levar os motoristas "sob influência" (de álcool ou drogas) para casa.

PS: Tem apelido pior do que "lei seca"? Quem criou esse apelido ou é muito ignorante (não tem nada a ver com a "lei seca" dos EUA dos anos 1920), ou tinha a intenção explícita de desmoralizar essa lei (já que vivemos em um país no qual certas leis "não pegam"). Não se proibiu ou restringiu o comércio de bebidas, apenas diminuiu-se a tolerância para se dirigir embriagado. Quem volta de ônibus, táxi ou carona, pode continuar bebendo até morrer (ou matar)!

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