segunda-feira, 30 de março de 2009

Daslu, crime e castigo

Excelente artigo. Diz muito do que eu pensava sobre o assunto, mas não conseguia expressar de maneira tão boa.

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São Paulo, segunda-feira, 30 de março de 2009


TENDÊNCIAS/DEBATES

Em nome do povo?

SAMUEL MAC DOWELL DE FIGUEIREDO


NÃO SENDO advogado criminalista, não domino o sistema de aplicação e dosagem das penas. Quanto a essa questão, guardo tão-somente a noção de que deve ser respeitada a proporcionalidade entre delitos e penas. Ainda assim, nada, a meu ver, justifica ou explica por que pessoas como a sra. Tranchesi e seu irmão, mesmo que culpadas dos crimes dos quais são acusadas, mereçam penas de 94 anos e meio de prisão, que correspondem a uma verdadeira prisão perpétua, em suas idades, ou de morte, nas débeis condições físicas que a primeira parece apresentar. Ao descrever um julgamento ocorrido na Martinica, na sua obra maior, "Tristes Trópicos", Lévi-Strauss manifestou perplexidade ante a ligeireza do julgamento e da gravidade da pena de oito anos de prisão imposta ao negro acusado de um crime banal. No filme "Em Nome do Povo Italiano", de Dino Risi, o juiz de instrução levou a julgamento o industrial mesmo após ter evidências de que ele não era culpado do crime de que era acusado, mas era culpado de crimes não mencionados no processo e que cometera contra a sociedade, enquanto industrial que explorava empregados e não pagava os impostos que devia. São duas visões perturbadoras. Como a rápida condenação a penas severas se compatibiliza com a melhor aplicação do direito, que, naturalmente, associa-se à dúvida, à relutância e à indecisão a que pode levar um conjunto complexo de provas? Como compreender que a sociedade ou um juiz, agindo em seu nome, condene alguém por razões diversas das que fundamentaram a acusação e em relação às quais teve a chance de se defender? Não tenho receio de afirmar que o motivo da pena de 94 anos e seis meses não foi, isoladamente, a prática dos delitos de contrabando, falsidade ideológica e sonegação de impostos, mas resultou da determinação de aplicação de uma pena exemplar ao setor da criminalidade "sofisticada". Ou seja, tratou-se de uma sentença relacionada à criminalidade própria de setores da sociedade que não apenas são ricos mas também produzem sua riqueza pela "delituosidade sofisticada" e ainda acreditam na sua impunidade -uma condenação, então, proferida "em nome do provo brasileiro", como no filme de Dino Risi. Aos motivos dessa condenação poderiam ser acrescentados outros, cuja menção seria inadequada em sentença judicial: o tipo de comércio da Daslu representa, de modo ostensivo, preconceituoso e indiferente à repercussão social, o que há de pior na sociedade brasileira e nos desequilíbrios e diferenças sociais que contém, impõe e mantém. Representa, também, uma exibição acintosa de arrogância e prepotência. E, ao contrário do que muitos pensam em São Paulo, é uma manifestação do mau gosto de setores sociais que podem ser ricos quantas vezes quiserem, mas são dominados por complexos que vêm de sua própria falta de educação e mediocridade. Isso se reflete nas milícias de leões de chácara, nos acessos privativos e, entre outras coisas a lamentar, na arquitetura desses prédios, que enfeiam a cidade para sempre. Esse comércio de "alto luxo" não é praticado em cidades como Nova York, Londres, Paris ou Roma com tal exibicionismo, ostentação e preconceito, sem os quais pode perfeitamente existir e se desenvolver. Com o caráter que expõe em São Paulo, porém, torna-se uma expressão das patologias e dos distúrbios da sociedade, nos quais se realimenta continuamente. Ainda assim, mesmo que a sentença condenatória tenha considerado argumentos e cálculos técnicos, não há, na dosagem da pena de 94 anos e meio, proporcionalidade e pertinência que a sociedade possa reconhecer como legítimas e aceitáveis. Na minha condição leiga de cidadão, e não de advogado, tenho a convicção de que, se forem procedentes as acusações feitas aos donos da Daslu, o que não sei se ocorre, a responsabilização patrimonial, a recuperação do dinheiro público e a prisão por anos que caibam nos dedos das mãos atenderiam, com maior lógica, razoabilidade e aceitação social, a um sentido de proporcionalidade entre o delito e a pena que todos, e não só juízes e advogados, possam compreender. Decidir "em nome do povo", fora dos limites da acusação e do processo, é um sintoma de doença mais grave do que a existência da Daslu em si mesma e dos mecanismos delituosos de que possa se alimentar, se for o caso. Corresponde a entregar poderes ilimitados a quem deve, ao contrário, aplicar a lei e a quem não cabe alinhar-se à polícia ou ao Ministério Público, tendo o dever de exercer o controle dos seus respectivos atos e pretensões judiciais. Assim deve ser não somente nas democracias de padrão ocidental, mas em qualquer nação organizada, mesmo as dominadas por ditaduras. Ignorar esses limites é percorrer um atalho para o fascismo e outras modalidades de Estado sem garantias.

SAMUEL MAC DOWELL DE FIGUEIREDO, 58, é advogado, sócio do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian - Advogados.

URL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz3003200909.htm

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"Pena exemplar", aliás, me lembra a tradição medieval de desmembrar o corpo do executado e pendurá-lo pela cidade, para servir como exemplo para que outros não cometessem o mesmo delito.

Para chocar (na linguagem econômica moderna, "dissuadir"), a pena foge do critério de proporcionalidade em relação ao delito e, em conseqüência, da idéia mais ampla de "justiça".

Impossível argumentar isso, por mais bom senso que seja, quando se há uma repulsa popular tão forte (ainda que justificada) contra o delinqüente ou o crime poe ele cometido.

O ser humano é movido por paixões, e poucas coisas mexem tanto com nossas paixões como assuntos ligados à violência e à criminalidade (o que torna ainda mais difícil resolvê-los).

sexta-feira, 27 de março de 2009

Toilet paper roll orientation

Essential Life Lesson #1: Over is Right, Under is Wrong
http://currentconfig.com/2005/02/22/essential-life-lesson-1-over-is-right-under-is-wrong/

http://currentconfig.com/images/tp_diag01.gif

This is so right I want to punch someone in the face whenever I see the wrong one!

Imobilidade em SP

Até a Folha começa a desconfiar das propostas substantivas da Prefeitura de SP na área de mobilidade urbana.

E pedágio urbano, salve, não mais parece ser palavrão para ela...

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São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

Plano de metas de Kassab prevê reduzir o trânsito em 15%

Prefeitura também promete fazer intervenções em pelo menos 15 pontos de congestionamento crônico da cidade

Proposta da gestão Gilberto Kassab (DEM) inclui a implantação de faixas exclusivas e operacionais para motos em oito locais

ALENCAR IZIDORO
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Reduzir os índices de lentidão do trânsito em no mínimo 15%, ampliar a restrição aos caminhões após a inauguração do trecho sul do Rodoanel e implantar faixas exclusivas ou prioritárias para as motos em oito pontos de São Paulo.
As medidas fazem parte do programa de metas da gestão Gilberto Kassab (DEM), referente ao período de 2009 a 2012, segundo a Folha apurou.
A lista de planos em todos os setores da administração, 90 dias depois da posse do prefeito, se tornou exigência por uma lei aprovada no ano passado pela Câmara Municipal.
O projeto --originalmente proposto pelo Movimento Nossa São Paulo-- também obriga a prestação de contas das metas a cada seis meses.
Na lista de planos com que a gestão Kassab se compromete no setor de trânsito também estão diversas obras viárias, como a extensão da av. Roberto Marinho até a Imigrantes, a conclusão do prolongamento da Radial Leste e da duplicação da estrada do M'Boi Mirim.
Constam também do programa intervenções prioritárias em 15 gargalos de congestionamento crônicos -selecionados pelos técnicos e onde serão feitas de obras na via e mudanças na sinalização e semáforos.
A gestão Kassab decidiu fixar a meta de diminuir os índices de lentidão em ao menos 15% apesar do crescimento da frota -perto de mil veículos por dia.
De um lado, especialistas são pessimistas quanto às perspectivas de melhoria da fluidez sem medidas restritivas aos carros -como pedágio urbano.
Por outro, a promessa do prefeito tende a ser facilitada pelo cenário de crise econômica, que deve reduzir a quantidade de deslocamentos. E também pela inauguração do trecho sul do Rodoanel, que vai interligar a Régis Bittencourt ao sistema Anchieta-Imigrantes até março de 2010.
Para atingir as metas, além da ampliação do sistema viário (que embute também a reforma de 30 pontes ou viadutos e cuja prioridade costuma ser criticada por técnicos), a gestão Kassab prevê mudanças no rodízio aos caminhões implantado em 2008 na região central.
A ideia deve ser aplicada com a conclusão da alça sul do Rodoanel --como deve haver cobrança de pedágio, a prefeitura teme uma fuga dos veículos pesados pela malha urbana.
Em relação à segurança viária, a meta de Kassab é reduzir de 2,3 para 1,8 a quantidade de mortes no trânsito por 10 mil veículos. Na prática, mantida a mesma frota, significaria 316 a menos do que as 1.463 vítimas do ano passado inteiro. Nos últimos quatro anos, elas passaram de 1.419 para 1.463.
A Folha apurou que a lista de compromissos do plano da gestão Kassab contempla diversas ideias e obras atrasadas depois de repetidas promessas.
Por exemplo, a revitalização de 289 câmeras do trânsito, que era prometida para ser feita ainda no primeiro mandato.
Ou então, a implantação de 100 km de ciclovias e ciclofaixas, anunciada em 2008.
Um terceiro exemplo de metas recicladas abrange intervenções no transporte coletivo, como nos pontos de parada do cruzamento da Faria Lima com Rebouças e da Juscelino Kubitscheck com Santo Amaro.
A promessa de ações para as motos --como a criação de faixas exclusivas-- já havia sido motivo de tentativas anteriores. A principal foi malsucedida: os testes de uma faixa para motos na 23 de Maio pioraram a fluidez e levaram ao recuo do prefeito Kassab em 2008.

URL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2703200913.htm

quarta-feira, 25 de março de 2009

Bilhete de metrô



Este bilhete foi utilizado na primeira viagem teste do Metrô de São Paulo, na qual viajaram todos os funcionários da companhia, incluindo seu então presidente, Plínio Asman (fonte).

segunda-feira, 23 de março de 2009

Delírios de um viciado

Abaixo curioso op-ed na Folha de hoje e, em seguida, minha resposta ao "Painel do Leitor" do jornal (ainda não sei se publicação).
 
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São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009
 
TENDÊNCIAS/DEBATES

Ciência viciada

JOSÉ MARIA E SILVA


Na prática, o uso de drogas já foi legalizado no país; a ciência de especialistas é mais alucinada do que o delírio de um viciado

EM RECENTE defesa da descriminalização da maconha, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o debate sobre a legalização das drogas enfrenta um tabu que precisa ser quebrado. Trata-se de miragem do ex-presidente, já que a descriminalização das drogas -incluindo a defesa explícita da legalização da maconha- não sai da pauta da imprensa e das universidades, permeando até os "temas transversais" do MEC, impostos às crianças nas escolas. Na prática, o uso de drogas já foi legalizado no país, com a bênção de tucanos e petistas -ideologicamente ecumênicos quando se trata de subverter costumes.
A lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, aboliu qualquer punição para os usuários. A pena máxima é a prestação de serviços à comunidade, que, se não for cumprida, acarreta simples "admoestação" por parte do juiz, até que o crime prescreva. E quem sofre as consequências é o bolso do contribuinte. Para a nova lei, consumir drogas é um direito inalienável do usuário, e curar sua dependência, um dever incondicional do Estado.
Essa tendência já havia sido antecipada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, que, em 9 de fevereiro de 2006, derrubou veto do governador do Estado e, num arroubo de independência não muito comum no Parlamento brasileiro, promulgou, por decreto legislativo, a lei estadual nº 12.258, que confere privilégios aos usuários de drogas sem lhes impor nenhum dever. Essas leis nasceram de uma tese hegemônica nos meios acadêmicos: a política de redução de danos -eufemismo com que intelectuais universitários disfarçam sua apologia ao uso de drogas.
O brasileiro nem sonha, mas existe até a "Declaração dos Direitos dos Usuários de Drogas", que, obviamente, não foi feita por uma Constituinte de usuários, mas por acadêmicos financiados pelo contribuinte. Subscrita pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Universidade Federal de São Paulo, a declaração finge-se arauto da ciência de ponta, mas não passa de entulho ideológico do Maio de 68. Nela se alicerçam a nova lei sobre drogas e as políticas do MEC e do Ministério da Saúde na área.
Professores universitários, a quem cabe a educação da juventude, proclamam, na referida declaração, o seguinte mandamento: "Conclamamos as organizações não governamentais e governamentais a incluir usuários de drogas em seus conselhos, gerências e direções". Ou seja, as universidades estão defendendo cotas para drogados nas mesas diretoras do Congresso, nos gabinetes ministeriais e nas cortes de Justiça. Deve ser por isso que os autores da de- claração condenam, veementemente, o exame antidoping.
Mas, enquanto não chega o mundo sonhado por essa espécie de "Manifesto Consumista" dos acadêmicos (versão lisérgica do "Manifesto Comunista" de Marx), a deputada Cida Diogo (PT-RJ), apoiada por Rita Camata (PMDB-ES), contenta-se em impor ao mundo real dos usuários do SUS os privilégios dos usuários de drogas. Cida Diogo é autora de projeto de lei que obriga o SUS a dar a eles, entre outros insumos, agulhas e seringas descartáveis. A expressão "outros insumos" abre brecha para que o SUS distribua a própria droga, como a maconha, usada como alternativa de redução de danos para viciados em crack. O projeto está sendo aprovado sem passar pelo plenário da Câmara, como se o luxo da distribuição de seringas para viciados não merecesse debate diante da miséria da falta de medicamentos para crianças nos postos de saúde.
Mais grave é que a atuação dos especialistas encarregados da redução de danos oscila entre a incapacidade e a inconsequência. O próprio Ministério da Saúde, em um texto sobre álcool e drogas recomendado em seu site para crianças de 12 anos, mistura vulgaridade, lascívia e imprecisão, ao comparar a "fissura" proporcionada pelo crack ao prazer do orgasmo -aguçando dupla e criminosamente a curiosidade das crianças. E ainda nega, taxativamente, que a cocaína produza tolerância e síndrome de abstinência, numa indisfarçável apologia da droga para menores, contrariando a lei e a ciência.
Eis, portanto, a danosa política de redução de danos. Ela se alicerça na crença pueril de que o drogado -useiro e vezeiro em escarnecer da lei, da pátria e da família- vai obedecer feito criança as recomendações dos engenheiros sociais. Ainda que quisesse fazê-lo, de nada adiantaria. A "Declaração dos Direitos dos Usuários de Drogas" é uma prova de que a ciência de muitos especialistas é mais alucinada do que delírio de viciado.


JOSÉ MARIA E SILVA, 45, jornalista, é mestre em sociologia pela Universidade Federal de Goiás, com dissertação sobre violência nas escolas.
 
 
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Delírios de um viciado

Esclareço de antemão que nunca usei drogas ilícitas, nem pretendo usá-las se um dia forem liberadas. Também nunca fumei tabaco, e meu consumo anual de álcool se resume a uma taça de sidra no réveillon (às vezes, nem isso). Ainda assim, achei um delírio os argumentos apresentados por José Maria e Silva contra a política de "redução de danos".

É da liberal (no Brasil, "conservadora") revista inglesa The Economist, e não de narco-marxistas, a defesa mais enfática da liberalização das drogas ilícitas. Segundo a revista, décadas de "guerra às drogas" não conseguiram nem reduzir o consumo nem aumentar o preço das drogas (dois de seus principais objetivos), e ainda ajudou a alimentar o crime organizado, que aterroriza não só pessoas como nações inteiras (vide México). Mostra ainda o semanário britânico que o consumo de cocaína por jovens nos EUA e na Inglaterra é mais de cinco vezes maior do que nos Países Baixos, famosos por liberar a maconha em determinados estabelecimentos, nos quais o tabaco é proibido.

Por último, por uma questão de honestidade jornalística, segue o mesmo parágrafo do texto do Ministério da Saúde que relaciona o prazer do crack a um orgasmo: "num tempo um pouco maior de uso ele perde todas as noções básicas de higiene ficando com um aspecto deplorável". Se a referência a "orgasmo" não for suficiente para levar uma criança de 12 anos a "pipar" uma pedra de crack, "aspecto deplorável" certamente a fará, não?

Fabio Storino
São Paulo, SP

Vestibular nacional

Ótima idéia. Parece a idéia do SAT (e do ACT) americano que, aliás, serve não apenas para as universidades públicas, e é administrado por uma ONG.

Outra boa idéia seria avaliar as notas históricas do aluno em vez de submetê-lo a um mega-vestibular como o ENEM, o que lá eles chamam de GPA. Incentivaria o aluno a estudar durante toda sua vida acadêmica, em vez de "correr atrás do prejuízo" nos últimos meses com a ajuda de cursinhos pré-vestibulares...

Também acabaria com a maior crítica ao (em princípio, bom) sistema de progressão continuada, com um sistema de avaliação contínua.

Enfim: muito o que se fazer na área, ainda!

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São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

Editoriais

Vestibular nacional

O MINISTRO da Educação, Fernando Haddad, pôs na praça uma ideia sobre vestibulares federais -sua unificação- que poderá conduzir a mudança profunda nos processos seletivos para ingresso nas universidades nacionais.
O vestibular representa uma típica anomalia acadêmica brasileira, que muito tem contribuído para deformar o ensino médio. Escolas secundárias sucumbem ao imperativo de treinar alunos para passar no exame, com ênfase em técnicas de memorização. Descuidam, assim, de transmitir-lhes o conhecimento necessário para viver e sobreviver no mundo contemporâneo, da esfera da cultura à do trabalho.
Qualquer iniciativa para subverter esse estado de coisas deve ser saudada e escrutinada com lupa, mesmo no estado embrionário em que foi apresentada a reitores das federais.
Candidatos às 227 mil vagas oferecidas anualmente pelas universidades do MEC, hoje, não têm como concorrer em mais de uma federal, pois os exames se realizam na mesma época. O conceito posto em discussão é que passem a concorrer simultaneamente em todas as unidades, sem sair de sua região.
O novo exame teria duas fases, como já praticam muitas instituições de ensino superior. Em lugar dos habituais testes de múltipla escolha, porém, a primeira seleção seria baseada de maneira exclusiva no Enem.
O que está deflagrando debate entre reitores e educadores é a segunda fase. Não há sombra de consenso ainda quanto a fazer uma só prova, com as mesmas questões dissertativas.
Alguns dirigentes das federais prefeririam manter controle direto sobre a etapa final da seleção, em nome da autonomia universitária, um princípio que não deveria ser atropelado. Há quem advogue usar só o Enem e parar por aí. Um terceiro grupo aceita a prova nacional, mas sem adesão obrigatória por todas as universidades federais.
Segundo o Ministério da Educação, há, contudo, concordância geral com o princípio da competição nacional pelas vagas de cada unidade. Se implantada, aumentaria de forma substancial a mobilidade de estudantes pelo país, contribuindo para que cada universidade federal tenha a chance de preencher suas vagas com os melhores candidatos.

domingo, 22 de março de 2009

Carl Sagan: Pale Blue Dot



Olha lá o piano desconcertante de novo, Marcelo!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Pode o Papa estar certo sobre camisinhas e AIDS na África?

Da conservadora National Review Online, sim, mas o argumento é bom, e empiricamente embasado.

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From Saint Peter's Square to Harvard Square
Media coverage of papal comments on AIDS in Africa is March madness.

By Kathryn Jean Lopez

"We have found no consistent associations between condom use and lower HIV-infection rates, which, 25 years into the pandemic, we should be seeing if this intervention was working."

So notes Edward C. Green, director of the AIDS Prevention Research Project at the Harvard Center for Population and Development Studies, in response to papal press comments en route to Africa this week.

Benedict XVI said, in response to a French reporter's question asking him to defend the Church's position on fighting the spread of AIDS, characterized by the reporter as "frequently considered unrealistic and ineffective":

I would say that this problem of AIDS cannot be overcome with advertising slogans. If the soul is lacking, if Africans do not help one another, the scourge cannot be resolved by distributing condoms; quite the contrary, we risk worsening the problem. The solution can only come through a twofold commitment: firstly, the humanization of sexuality, in other words a spiritual and human renewal bringing a new way of behaving towards one another; and secondly, true friendship, above all with those who are suffering, a readiness — even through personal sacrifice — to be present with those who suffer. And these are the factors that help and bring visible progress.

"The pope is correct," Green told National Review Online Wednesday, "or put it a better way, the best evidence we have supports the pope's comments. He stresses that "condoms have been proven to not be effective at the 'level of population.'"

"There is," Green adds, "a consistent association shown by our best studies, including the U.S.-funded 'Demographic Health Surveys,' between greater availability and use of condoms and higher (not lower) HIV-infection rates. This may be due in part to a phenomenon known as risk compensation, meaning that when one uses a risk-reduction 'technology' such as condoms, one often loses the benefit (reduction in risk) by 'compensating' or taking greater chances than one would take without the risk-reduction technology."

Green added: "I also noticed that the pope said 'monogamy' was the best single answer to African AIDS, rather than 'abstinence.' The best and latest empirical evidence indeed shows that reduction in multiple and concurrent sexual partners is the most important single behavior change associated with reduction in HIV-infection rates (the other major factor is male circumcision)."

And while, as Travis Kavulla writes from Kenya today, the international media will ignore all sorts of fascinating new stories about church and civilizational growth in favor of a sexier, albeit way-too-familiar storyline, Green has some encouraging news: The pope is not alone. "More and more AIDS experts are coming to accept the above. The two countries with the worst HIV epidemics, Swaziland and Botswana, have both launched campaigns to discourage multiple and concurrent partners, and to encourage fidelity."

The pope added during that Q&A, "I would say that our double effort is to renew the human person internally, to give spiritual and human strength to a way of behaving that is just towards our own body and the other person's body; and this capacity of suffering with those who suffer, to remain present in trying situations."

We need to, in other words, treat people as people. Reason with them and show them there is a better way to live, respectful of themselves and others. It's a common-sense message that isn't madness whether you're in Africa or dealing with hormonal American teenagers. It's a hard message to hear over the same-old silly debates, parodies, and dismissals. But it's one that is based on real life—and acknowledged not just in Saint Peter's Square but in Harvard Square. 


Lhaneza no trânsito

http://www.estadao.com.br/img/arteelazer/tl_edhoje_caderno2.gif

No ponto do ônibus

Matthew Shirts  |  Segunda-Feira, 16 de Março de 2009

Dá uma satisfação sair de casa a pé pela manhã. Moro numa ruazinha escondida, habitada em boa parte por cachorros, mas próxima do bochincho de Pinheiros e da Vila Madalena. A meio quarteirão do meu portão encontro trânsito. Tudo travado logo cedo.

Atravesso a rua com certa leveza no passo, negociando os espaços entre os automóveis parados. Tenho a sensação de levar vantagem. Sinto-me quase malandro por estar a pé.

Antigamente, quem estava de carro tinha pena dos pedestres. Monteiro Lobato escreve a respeito no Presidente Negro. Hoje, a equação se inverteu, pelo menos em São Paulo. Vou avançando a pé pelo trânsito. Deixo os veículos para trás. No primeiro farol costuma haver brigas e buzinaços. Às vezes faço gestos pedindo uma trégua nas buzinadas enquanto espero a iluminação do homenzinho ficar verde. Os motoristas detestam minha gesticulação, que me confere um ar de maluco, reconheço. Gesticulam de volta solicitando compreensão para o desespero da sua situação. Compreendo. Não é fácil o trânsito.

Busco o ponto de ônibus na Cardeal. Há algum tempo pesquiso a sociologia desse marcador geográfico. De onde vêm os passageiros? Para onde vão? O papel do vendedor de balas, águas e porcarias ali. Meu olhar de estrangeiro é fisgado pela falta de sinalização. Não há placas explicativas no ponto, apenas aquele pau descascado e solitário. Nenhuma instrução por escrito. Como as pessoas sabem qual ônibus tomar?

Desde que voltei a andar de busão, faz um ano ou dois, estou com bronca dos condutores. Eles dirigem sem levar em conta o conforto dos seus passageiros. São apressados. Trocam de marcha com agressividade. Ultrapassam sem necessidade. Há exceções que comprovam a regra. Peguei um, dia desses, com longo rabo-de-cavalo, zen, calmo, na linha Butantã-USP, claro. Foi uma delícia. Deu para ler meu livro tranquilamente.

Mas por outro lado, mesmo os motoristas broncos revelam paciência surpreendente para fornecer informações de itinerários. Aí está o segredo, pensei um dia desses. É assim que os passageiros se informam. Ficam parados ali na porta da frente do veículo, três ou quatro pessoas trocando ideias com o condutor. Quanto mais vivo no Brasil, mais me chama a atenção a oralidade da cultura. É na conversa e no contato pessoal que se aprende e se vive.

Nisso, o Brasil é diferente dos Estados Unidos, quase uma imagem invertida (para variar). Lá, os motoristas de ônibus dirigem mais tranquilos, auxiliados, é verdade, por asfalto liso, câmbios automáticos e equipamentos mais novos. Mas eles têm pouca paciência para explicar trajetos. Nesse quesito, seus colegas brasileiros são mais prestativos.

Ensina Sérgio Buarque de Holanda, em seu insuperável Raízes do Brasil: "Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade - daremos ao mundo o ?homem cordial?. A lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal."

Minha tese é a de que tal cordialidade é apagada pela impessoalidade do trânsito. Daí a agressividade dos condutores. Entre veículos não há lhaneza no trato, para repetir a ótima expressão de Sérgio Buarque. Descobri, aliás, ao procurar a palavra no dicionário, que "lhaneza" é de origem tibetana. Lhano, pelo que entendo, é sinônimo de afável. Poderia render uma campanha publicitária: "Lhaneza no trânsito."

Rito Sumaríssimo no Senado

Senado inclui em reforma cela para quem cometer crimes dentro da Casa
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2003200908.htm

A cela terá capacidade para 81 senad... pessoas.

terça-feira, 17 de março de 2009

Guia de banheiros públicos em SP

Finalmente alguém mais se preocupou com isso!

Outro público esquecido pela reportagem são os turistas que, uma vez que saem de seu hotel, estão em permanente trânsito pela cidade, sem "escola", "escritório" ou "casa de amigo" como possíveis paradas de emergência. Já sofri muito com isso nas minhas viagens, mesmo pela aparentemente sanitária Europa -- era salvo em geral pelos McDonald's.

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São Paulo, terça-feira, 17 de março de 2009

Guia de banheiros ajuda paulistano a driblar aperto

Com opções escassas, população depende da boa vontade de donos de bares e outros estabelecimentos; alguns cobram taxas

Publicação do Hospital das Clínicas avalia 150 sanitários públicos da cidade


MARIANA BARROS
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O vale do Anhangabaú, no centro da cidade, está entre os piores lugares de São Paulo para se ter uma dor de barriga -o único banheiro público do local está em condições lamentáveis.
Para ajudar os paulistanos a driblar esse e outros momentos de aperto, médicos do HC (Hospital das Clínicas) elaboraram o guia "Banheiros em São Paulo. Onde ir? Como fazer?", que avalia 150 banheiros de alguns dos mais movimentados pontos da cidade e dá dicas de locais a que se pode recorrer nos momentos de sufoco -5.000 exemplares estão sendo distribuídos no HC.
"Tem que ter banheiro. É um problema de saúde pública", diz Homero Bruschini, urologista do HC e um dos responsáveis pelo estudo. Segundo os médicos, 15% da população adulta tem dificuldade de reter a urina. O guia também pretende auxiliar quem sofre de incontinência ou problemas de próstata, além de portadores de deficiência e idosos. "Queremos motivar governantes a se preocuparem com o tema."
Com escassas opções de banheiros públicos, os paulistanos dependem da boa vontade de donos de bares e de outros estabelecimentos. Alguns deles cobram taxas para restringir o uso, enquanto a maioria discrimina quem pode utilizar as instalações, deixando os mais pobres, literalmente, no aperto.
"Sempre dizem que está quebrado", conta o gari José Geraldo, 62, que afirma já ter cansado de ouvir a mesma desculpa enquanto vê clientes usando o sanitário. O sorveteiro Francisco Souza, 43, vive o mesmo problema. "Há dias em que fico seis, oito horas sem ir."
A reportagem esteve em dois banheiros públicos, no vale do Anhangabaú e no terminal de ônibus Parque D. Pedro 2º. "Vai entrar aí?", grita a moradora de rua Gisele Bertoldo, 21, advertindo sobre a imundície do banheiro do Anhangabaú. Gisele conta que, devido à sua aparência, costuma ser barrada em banheiros particulares. Recorre aos da estação República do metrô e ao do terminal Bandeira de ônibus.
No Anhangabaú, o forte cheiro de urina faz arder o nariz e lacrimejar os olhos -que se espremem de aflição ao se deparar com o montante de fezes pelo chão. A dona de uma banca de jornal próxima mostra a base de metal corroída de urina. "Pago R$ 5 por dia para lavarem. Às 7h, quando chego, não respiro." Já o sanitário do parque D. Pedro 2º, mostrou-se razoável, com trocador para bebê, mas sem papel higiênico.

URL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1703200918.htm

segunda-feira, 16 de março de 2009

Obama & Lula meet

http://www.whitehouse.gov/assets/images/obama_silva_resized.jpg
Lincoln, Obama, Delúbio & Lula. Wait ... what?! (full size)

http://blog.cleveland.com/business/2009/03/large_obama-brazil.jpg
Shake it, baby.

sexta-feira, 13 de março de 2009

And the "war on drugs" continues ...

Hang on there! Just ten more years!!! (at least...)

Mario Armas/Reuters

Policiais mexicanos vigiam rua na cidade de Guanajuato,
onde quatro integrantes de gangues de narcotráfico foram mortos ontem


Frustrante:

U.N. members differ on way ahead in drugs wars
http://www.reuters.com/article/worldNews/idUSTRE52B78L20090312

quarta-feira, 11 de março de 2009

Picture of the day: Terror

De manhã eu pausei exatamente nesse quadro, e fiquei olhando por alguns minutos, inconformado e aterrorizado.

http://www.telegraph.co.uk/telegraph/multimedia/archive/01364/sri-lanka-blast_1364126i.jpg

(via Telegraph)

terça-feira, 10 de março de 2009

Indicadores Básicos da Cidade de São Paulo

O Movimento Nossa São Paulo apresenta hoje a publicação "Indicadores Básicos da Cidade de São Paulo 2009", disponível no formato PDF aqui.

Nas palavras de dois dos integrantes do movimento, Padre Jaime (James Crowe) e Padre Ticão (Antonio Marchioni), trata-se de "um conjunto de referências de metas para diversas áreas administrativas do município" (Folha).

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/imagens/CapaIndicadoresBasicos2009.jpghttp://www.nossasaopaulo.org.br/portal/files/CadernoIndicadores2009.pdf

Baixem. Pendurem na sua parede. Cobrem dos governantes.

segunda-feira, 9 de março de 2009

The Biochar Blues

First you take a big old drum
Then fill it full of dry cow dung
Make sure the lid's on really tight
Then just stick in a small stove pipe

Light a fire under the drum
Cook that cow dung till it's done
Open the door and there you are
What you've got is biochar


* * *

Black is the new green
Just how much could biochar do to change the world's carbon balance?
By Fiona Harvey  |  FT.com  |  February 27 2009
http://www.ft.com/cms/s/2/67843ec0-020b-11de-8199-000077b07658.html

Saiu também traduzido no Valor Econômico do dia 5 de março (só para assinantes, e sem o poema acima).

Secret smile

Como não costumo expressar felicidade com a boca (acho meu sorriso feio), nem todo mundo percebe meus "sorrisos secretos".

Acho incrível como minha esposa sempre consegue perceber quando estou sorrindo com os olhos...



(via PostSecret)

sexta-feira, 6 de março de 2009

Note to 8-year-old self

Brush your teeth
Wash your hands
Don't forget to fly

(via PostSecret)

Boas idéias para o financiamento estudantil

Ótima iniciativa. Agora resta fazer o mesmo com as demais áreas, quase todas carentes no setor público.

O senador e ex-ministro da Educação Cristóvam Buarque também tinha uma ótima idéia com relação à (pelo menos no Brasil) polêmica questão do pagamento dos cursos das universidades públicas: sua idéia era que o valor do curso fosse debitado automaticamente na declaração do Imposto de Renda dos formados, estabelecido um limite que isso poderia tomar de sua renda.

Pagaria por quanto tempo fosse necessário para quitar o valor total, em menos tempo para os que ganhassem mais, em mais tempo para os que ganhassem menos. Se não se cobrasse juros, ou apenas juros simbólicos, seria uma forma de progressividade.

Assim, quem estava trabalhando e com renda após formado, poderia devolver à sociedade o investimento feito nele. Quem não estivesse com renda suficiente para declarar o IRPF, não precisaria pagar (enquanto não tivesse renda para isso).

Ninguém deixaria de estudar numa universidade pública por falta de renda. E se obtivesse renda o bastante, pressupostamente fruto do título e da boa educação recebida, devolveria o investimento (financeiro) aos cofres públicos.

* * *
São Paulo, sexta-feira, 06 de março de 2009

Aluno pagará universidade com trabalho na rede pública

Projeto do governo vale apenas para medicina e cursos de formação de professor

Projeto depende do Congresso; objetivo é reduzir déficit de professores e de médicos no Norte e no Nordeste

ANGELA PINHO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA FÁBIO TAKAHASHI ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O governo federal fechou um projeto para que estudantes de medicina e de cursos de formação de professores de educação básica possam pagar sua faculdade trabalhando na rede pública após a conclusão do curso. Discutido por dois anos, a proposta recebeu o aval do Ministério da Fazenda -último entrave da negociação na administração federal- segundo a Folha apurou. Os ministérios da Educação e Saúde esperam enviar o projeto para o Congresso no mês que vem.
O objetivo é reduzir o déficit de médicos e professores na rede pública. Segundo o MEC, faltam hoje 246 mil professores, e 300 mil lecionam em áreas para os quais não foram formados (exemplo: pedagogo que dá aula de matemática).
Já o Ministério da Saúde estima que cerca de 500 cidades -principalmente no Norte e Nordeste- não têm equipe médica adequada. O projeto é polêmico e divide entidades e pesquisadores. A medida integrará o Fies, programa federal de financiamento estudantil. O aluno de medicina ou de formação de professores (pedagogia ou licenciaturas) teria a graduação financiada pela Caixa Econômica Federal, como já ocorre.
A novidade é que, depois de formado, ele poderá abater 1% de sua dívida inicial a cada mês trabalhado em uma escola pública (de qualquer lugar) ou em alguma instituição pública de saúde de uma região com carência de médicos (a ser definida pelo Ministério da Saúde). Ao final de cem meses trabalhados (oito anos e quatro meses) ele teria quitado todo o débito, sem qualquer desconto em seu salário. O formado poderia desistir antes, mas teria de arcar com a dívida restante.
Hoje, os formados têm de pagar pelo financiamento tomado. O professor teria que ter uma carga horária de pelo menos 20 horas semanais. Já o médico terá que se enquadrar na legislação do Programa Saúde da Família, (40 horas semanais).
"Um dos desafios do SUS é estabelecer estratégias que permitam colocar médicos nas regiões mais remotas e mais pobres, afirma o ministro José Gomes Temporão (Saúde).


Colaborou RAFAEL SAMPAIO, da Redação

URL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0603200901.htm

quinta-feira, 5 de março de 2009

The Economist: How to stop the drug wars

Ótima -- quase irretocável -- a reportagem de capa da The Economist de hoje:

How to stop the drug wars
Prohibition has failed; legalisation is the least bad solution
Mar 5th 2009 | From The Economist print edition
http://www.economist.com/printedition/displayStory.cfm?Story_ID=13237193

Matérias relacionadas, da mesma edição:

How cocaine is sold
| Mar 5th 2009
http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=13234124

How narcotics are policed | Mar 5th 2009
http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=13234134

Drug education in America | Mar 5th 2009
http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=13234144

Dealing with drugs in Mexico | Mar 5th 2009
http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=13234157

World Builder


World Builder from Bruce Branit on Vimeo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Corporate seat-fillers

O emprego da nova era. A idéia é a seguinte: pessoas contratadas para se sentar nas cadeiras dos demitidos e fingir que estão trabalhando, para que potenciais clientes que visitem a empresa tenham a impressão de que o negócio está sólido, de que tudo está indo bem. $7 a hora para ocupar o assento de quem ganhava $70.000 por ano.

Online relief for the recession-weary
February 24, 2009

* * *

Na reportagem, outras dicas para esse momento de contenção de gastos. Entre eles, a pérola abaixo:

When transportation needs become desperate, Joe even suggests taking a bicycle from a small child. 
"It's good to experience disappointment when you're still developing," he reasons.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Engordation Fortnight

Prepare o bolso, afrouxe o cinto: começa hoje mais uma edição do Restaurant Week. Vai até o dia 15/3.

O Guia da Folha selecionou 35 lugares. Desses, eu recomendo fortemente o eñe, La Table O & Co, Shintori, Thai Gardens e Tordesilhas.

Dos outros, eu só fui no Ak Delicatessen e no La Risotteria Alessandro Segato. Bons, mas nada espetacular.