(Mais abaixo a entrevista integral, disponível no site da Folha apenas para assinantes.)
Sempre me senti meio solitário ao criticar o projeto Cidade Limpa, até então a maior ou talvez a única quase unanimidade da gestão Kassab. Este urbanista me redimiu um pouco:
FOLHA — Em São Paulo, os cartazes gigantes foram banidos como poluição visual, mas houve quem dissesse que perdemos uma forma de arte. Qual é sua opinião?
BERMAN — Não vi isso, mas sinto que seja um desastre. Os cartazes gigantes e a publicidade do século 20 criaram uma atmosfera de "pop art" que, em muitas partes do mundo, é magnífica. Pessoas vão à Times Square só para ver luzes. Banir isso parece uma reviravolta: as ideologias modernas vêm da cidade e se voltam contra ela.
Entendo a ideia de ter um zoneamento para os cartazes gigantes, diferentemente de bani-los completamente, o que é um ferimento autoinfligido — afeta uma razão para querermos estar na cidade.
O urbanista das multidões
Marshall Berman comenta seu novo livro, que mostra a Times Square como modelo de convivência na cidade
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0208200921.htm
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