segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Old is the new New

The fact is that people prefer living in mixed-up, unplanned cities. No more liveable and beautiful cities have ever been built than those of old Europe and the Middle East, where bakers and bankers, priests and actors, students and businessmen all rub shoulders. Rational design precluded the necessary randomness of the café, the pub and the street market: the whole walkable closeness of the old city.

No Financial Times, como "utopias urbanísticas" como Brasília ficaram muito aquém do que seus criadores tinham em mente. No Studio 360, diante de várias alternativas urbanísticas para a pensar uma "New Orleans pós-Katrina", como a população vem optando por... reconstruir o que havia antes (melhorado, porém).

Plans that just won't play ball
By Harry Eyres
August 28, 2010

New Orleans Five Years Later
August 27, 2010

A idéia central dos dois, porém, não é um conservadorismo ou saudosismo (fui um pouco infeliz no título, confesso).

Falam de como as cidades são construções sociais complexas e vivas. Por mais bem intencionados que sejam os arquitetos e urbanistas envolvidos no planejamento urbano, haverá sempre aspectos que ficarão de fora de seus projetos, mas que são parte integral da vida dos cidadãos que habitam naquela urbe.

O artigo do FT fala, ainda, de outras construções artificiais humanas que, ao isolar alguns dos elementos, anulam (todo ou parte de) seu efeito, que se dá por interações complexas pouco compreendidas. É exatamente esse fenômeno que Michael Polan identifica na chamada "Era do Nutricionismo", argumentando que o avanço da idéia de "micronutrientes" na verdade piorou nossa relação com os alimentos (ver "complexos vitamínicos").

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