O Parque Kruger, no nordeste do país, é a maior reserva natural da África. Em 2006, um consórcio ganhou a licitação para a construção de um estádio na entrada do Kruger, na cidade de Nelspruit. Entre as exigências do grupo, estava a de que engenheiros e trabalhadores especializados fossem instalados em locais onde a luz e os aparelhos de ar-condicionado estivessem garantidos. A única edificação em condições era uma escola primária de uma favela perto da obra. O governo da província não teve dúvida: há três anos a escola abriga o alojamento dos trabalhadores. As crianças foram transferidas para salas de aula provisórias, em contêineres de alumínio sem ventilação ou janelas.
Com colunas cor de laranja que lembram girafas gigantes, o estádio de Nelspruit custou 140 milhões de dólares. Palco de quatro dos 64 jogos, ele será usado por apenas seis horas durante a Copa. E dificilmente conseguirá depois lotar seus 46 mil lugares. Sua construção foi acompanhada por um escarcéu de suspeitas de corrupção, superfaturamento e desvio de verbas.
Infelizmente, nada disso soa estranho para mim (ainda que inadmissível). É preciso ficar muito atento por aqui. Pra frente, Brasil!
A Copa do Cabo ao Rio
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