Belo ensaio sobre um pensador excepcional. Admiro seu desapego e seu pragmatismo para lidar com a questão Israel–Palestina. Fará falta.
"Ainda não fui capaz de entender o que significa amar um país." Esta é a condição característica do cosmopolita desenraizado. Não ter um país para amar é inseguro e desconfortável: pode fazer com que caia sobre sua cabeça a hostilidade ansiosa das pessoas para quem o desenraizamento indica independência corrosiva do espírito. Mas é uma condição libertadora: o mundo que se vê talvez não seja tão tranquilizador quanto o visto pelos patriotas e nacionalistas, mas a pessoa enxerga mais longe. Como Said escreveu em 1993: "Não tenho paciência com a posição de que 'nós' devemos nos preocupar única ou principalmente com o que é 'nosso'."
TONY JUDT | Revista Piauí | Fevereiro de 2010
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