quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Treating, not punishing

The number of addicts registered in drug-substitution programmes has risen from 6,000 in 1999 to over 24,000 in 2008, reflecting a big rise in treatment (but not in drug use). Between 2001 and 2007 the number of Portuguese who say they have taken heroin at least once in their lives increased from just 1% to 1.1%. For most other drugs, the figures have fallen: Portugal has one of Europe's lowest lifetime usage rates for cannabis. And most notably, heroin and other drug abuse has decreased among vulnerable younger age-groups [...]. "The apocalypse hasn't happened."

Vai na mesma linha daquele artigo anterior da Time Magazine, também com posição bastante favorável aos resultados da experiência lusitana com a descriminalização das drogas.

Portugal's drug policy
Treating, not punishing
The evidence from Portugal since 2001 is that decriminalisation of drug use and possession has benefits and no harmful side-effects
Aug 27th 2009  |  LISBON  |  From The Economist print edition
http://www.economist.com/world/europe/displaystory.cfm?story_id=14309861

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Prisões brasileiras

Muito pertinente o editorial "A pena de morte em vigor" do Estadão de hoje.

Foi Nelson Mandela que afirmou, em sua autobiografia, que "ninguém conhece verdadeiramente uma nação até que tenha estado dentro de suas prisões. Uma nação não deve ser julgada pelo modo como trata seus cidadãos mais elevados, mas sim pelo modo como trata seus cidadãos mais baixos." A idéia de que os presidiários devam sofrer uma dupla punição, qual seja, a da pena imputada pela Justiça somada a condições carcerárias degradantes, pode até atender aos apelos populares, mas só nos faz distanciar ainda mais de nosso projeto de nação.

No fundo, o mais incompreensível para mim é a contradição entre a crença implícita na possibilidade de ressocialização do sujeito, dado que todas as penas no Brasil prevêem eventualmente a liberdade, e o modo como tratamos a população carcerária durante a duração das penas, de forma que absolutamente ninguém sai de uma prisão brasileira melhor do que entrou (sequer igual).

A outra hipótese é de que se conte com um possível "efeito dissuasório": quanto pior as condições das prisões, menos o criminoso desejaria para lá retornar. Há dois sérios limitadores a esse raciocínio: o primeiro é o de supor que alguém esteja eventualmente disposto a perder sua liberdade (o "cálculo matemático" é muito mais sobre o risco de ser capturado e condenado que sobre a dureza da pena). O segundo é a mera observação empírica sobre os índices de reincidência: os egressos das piores penitenciárias têm, na verdade, maiores chances de cometer um novo crime e, o que é pior, de que o novo crime cometido seja de natureza ainda mais grave.

Video of the day: Moments

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

KISS

"Perfection is achieved not when there is nothing more to add, but when there is nothing left to take away." (Antoine de Saint Exupéry)

Tech.view
When less is more
An end, please, to the gadget features race
Aug 14th 2009  |  From Economist.com
http://www.economist.com/daily/columns/techview/displaystory.cfm?story_id=14248430

sábado, 8 de agosto de 2009

Trabalho

Fantástica palestra do também fantástico Mike Rowe, criador e apresentador do —advinhem: fantástico— show “Dirty Jobs”, exibido aqui pelo Discovery Channel.

Outro bárbaro vídeo dele é este aqui (mesmo argumento central, menos testículos, mais intimista).

Essas idéias nunca popularam tanto meus pensamentos…

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sagrada laicidade

O Brasil é um país de maioria católica. Mas não é um país católico: é um país laico.

Algumas pessoas confundem laicidade ou secularismo com ateísmo. Não tem nada a ver. Eu acredito que não existam deuses. O Estado não tem crença.

A Constituição, aliás, garante em seu artigo 5º ser inviolável a liberdade de consciência e de crença e, no artigo 19, separa os negócios do Estado (em todos os níveis de governo) dos das religiões (o que os americanos chamam de "separação Igreja--Estado").

Por isso recebi com felicidade, por meio do artigo "Sagrada laicidade" na Folha de hoje, a notícia de que o Ministério Público Federal pediu à Justiça que sejam retirados símbolos alusivos a uma religião das dependências de prédios públicos federais.

Falta agora a retirada daquela mensagem religiosa em todas as cédulas de dinheiro do País. Entre as funções do Estado, proselitismo religioso (por mais sutil ou culturalmente aceito) não é uma delas. No mínimo, é desperdício de tinta.

Carpe diem

American Time Use Survey FTW! Será que a gente mede isso por aqui, também?!

How Different Groups Spend Their Day
The American Time Use Survey asks thousands of American residents to recall every minute of a day. Here is how people over age 15 spent their time in 2008. Related article
Published: July 31, 2009
http://www.nytimes.com/interactive/2009/07/31/business/20080801-metrics-graphic.html

Made me think

http://makesmethink.com/top

Site do dia: Translation Party

http://translationparty.com/tp/

Traduz de/para inglês/japonês até que seja encontrado o "equilíbrio" (ex.: "I don't like Japan.")

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Lei de Parkinson

Em época de discussões sobre o tamanho ideal do funcionalismo do Estado brasileiro, o artigo abaixo oferece algumas provocações interessantes sobre o tema:

From the archive
Parkinson's Law
Nov 19th 1955  |  From The Economist print edition
http://www.economist.com/businessfinance/management/displayStory.cfm?story_id=14116121

É a reedição de um artigo publicado originalmente há mais de 50 anos.

Começa um pouco mecanicista e carregado de estereótipos sobre o setor público (talvez ainda não fosse estereótipo na época). Depois fica divertido. Mas, logo depois... assustadoramente familiar.

O maior insight, ao meu ver, não é a idéia da "lei da multiplicação do funcionalismo", mas a idéia da capacidade de auto-geração --involuntária-- de carga de trabalho. Deste modo, novos funcionários (e mesmo os pré-existentes) podem ficar longe de ociosos, mas isso pouco diz sobre um aumento real da capacidade de realização do Estado.

Ancient Peru: much beyond Machu Picchu

Caral and Cajamarca just made my "1,000 places to visit before I die" list:
 
Then, as the 21st century dawned, Caral took centre-stage. In 2000, carbon dating of a bag woven from plant fibres proved that the 163-acre site had been built between 3000 and 2100BC, making it the oldest civilisation on the continent of the Americas and contemporaneous with the pyramids of Giza in Egypt. At a stroke, Caral was rocketed into the archaeological superleague.

[...]

But on this overcast morning Caral's celebrity status was hardly in evidence. As we waited by the empty ticket desk, Alejandra, a tour guide based in Lima, told me I was the first visitor she had brought to Caral in 2008, and it was already June. "Everything about Peru is Inca, Inca," she said. "Everyone goes to Machu Picchu. They don't stay long enough to come up here."

More here:

Peru: A history lost in the ruins
Done Machu Picchu? There's more to Peru's ancient past, Nigel Richardson discovers in Caral and Cajamarca.
By Nigel Richardson  |  Published: 12:26PM BST 24 Jun 2009
http://www.telegraph.co.uk/travel/artsandculture/5622933/Peru-A-history-lost-in-the-ruins.html

quarta-feira, 5 de agosto de 2009